O presidente Jair Bolsonaro (sem o partido) anunciou hoje em sua página no Facebook que restabelecerá o Ministério das Comunicações e nomeará o deputado Fabio Faria (PSD-RN) como titular da carteira. O congressista é casado com a anfitriã Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, dona do SBT. O decreto já foi publicado no “Diário Oficial da União”.
Segundo Bolsonaro, um MP (Medida Provisória) será anunciado para dissolver o atual Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, atualmente liderado por Marcos Pontes.
No Twitter, Pontes desejou sucesso a Faria na organização do novo ministério. “O Ministério das Comunicações foi revisado pelo Presidente Bolsonar. Juntos, continuamos a formar uma equipe governamental encarregada de ciência, tecnologia e inovação. Desejo sucesso ao Ministro Fábio, que tem meu apoio na organização do novo ministério”.
Foi restaurado pelo Ministério das Comunicações pelo Presidente Bolsonar. Juntos, continuamos a formar uma equipe governamental encarregada de ciência, tecnologia e inovação. Desejo sucesso ao ministro Fábio, que conta com meu apoio à organização do novo ministério.@jairbolsonaro @mctic @secomvc
– Marcos Pontes (@Astro_Pontes) 11 de junho de 2020
“Sem aumentar as despesas, usando apenas posições nas estruturas existentes, o Presidente da República recriou o Ministério das Comunicações. A Secretaria Especial de Comunicações Sociais, que agora está na Secretaria do Governo da Presidência da República, foi encerrada e seus poderes incorporados ao novo ministério”. governo federal.
Quem é Fabio Faria?
Fábio Faria é deputado federal desde 2007 e no PSD desde 2011. No Congresso Nacional, o partido é considerado parte do chamado “Centrão”, embora um dos líderes da lenda, ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab tenha negado esse rótulo em entrevista ao UOL.
O Ministério das Comunicações existia até 2016, quando o Senado demitiu a ex-presidente Dilma Rousseff depois que o Conselho aprovou a abertura de um pedido de remoção que mais tarde terminaria com o término final de seu mandato. Os governos do PT foram criticados pelo número de ministérios. Em 2015, havia 39 deles.
O então presidente interino Michel Temer foi responsável pela extinção de Massas, criada durante a ditadura militar pelo presidente Humberto de Alencar Castello Branco, em 1967. Nos últimos quatro anos, as funções sempre estiveram no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação.
Depois de vencer a eleição de 2018, Bolsonaro adotou o discurso de cortar ministérios. Ele assumiu o governo com 22 portfólios, embora durante a campanha tenha falado sobre 15 e que “não vai para 20”, mas como presidente eleito.
Uma estimativa de fontes do PSD é que Faria está muito perto do presidente Bolsonar. Nas últimas semanas, ele começou a seguir, para o presidente, as mídias sociais para ver quem é crente ou não no bolsonarismo.
Faria é a terceira secretária do Conselho de Administração da Câmara, o novo nome deve ser indicado pelo PSD. Dentro do banco, entende-se que a indicação se deve ao apelo pessoal de Bolsonar e à proximidade de Silvio Santos.
No entanto, o PSD faz parte de um grupo chamado centão e foi recentemente denominado Funas.
Quanto à posição de Fari, há um entendimento no partido de que novas eleições devem ser realizadas para a 3ª Secretaria no Conselho de Administração. A parte deve, por acordo, selecionar um candidato para o prazo de amortização do terceiro secretariado da Câmara.
O Gabinete é responsável por aprovar o reembolso dos custos das passagens aéreas, no interesse do mandato parlamentar.
Faria trabalha desde o ano passado para aproximar seu sogro Silvio Santos de Bolsonar, onde o presidente fez questão com a mídia tradicional. Por exemplo, ele ajudou a participação do presidente nos programas do SBT.
Há um entendimento de que o novo ministro, por estar próximo de Bolsonar, fornece uma imagem do indicador pessoal de Bolsonar, mas, ao mesmo tempo, pensa no PSD associado à área. O número 2 do portfólio de Marcos Pontes é o ex-deputado federal Júlio Semeghini, que presidiu a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicações e Informática, e fica perto de Kassab.
A divisão do ministério enviou um sinal, segundo alguns legisladores, de que o governo havia lançado um movimento embrionário para restabelecer outros ministérios, como o Ministério das Cidades e Desenvolvimento Econômico. Além de enfraquecer Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), cuja posição se tornou alvo da ganância do centro.