A Sonangol – Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola, segundo maior acionista do BCP, admitiu a alienação do banco liderado por Miguel Maya (na foto) ou a análise da fusão desta entidade com outras instituições financeiras nacionais. As declarações foram feitas hoje do CEO da petroleira, Sebastião Gaspar Martins, em entrevista à Reuters.
BCP já reagiu, em comunicado à CMVM, esclarecendo ter confirmado esta quarta-feira com a administração da Sonangol “que esta, embora mantendo a sua estratégia em relação ao banco, está atenta a possíveis movimentos de consolidação bancária na Zona Euro e em Portugal”.
Por este motivo, enquanto investidora, a empresa angolana “irá sempre analisar, em estreita articulação com o banco e os demais acionistas estratégicos, quaisquer oportunidades de criação de valor que façam sentido para a Sonangol, para o banco e para os seus acionistas”, finaliza o documento .
Sebastião Gaspar Martins disse à Reuters que a Sonangol está a acompanhar o desempenho do Millennium bcp e que “se houver uma boa oportunidade de desinvestimento, iremos avaliá-la e fazer as recomendações que nos parecerem mais adequadas ao contexto e às necessidades da Sonangol”.
Por outro lado, disse o presidente executivo da petrolífera, “a Sonangol está a acompanhar os eventuais movimentos de consolidação bancária em Portugal e, caso surja oportunidade, o assunto será avaliado com os restantes sócios investidores do Millennium bcp”.
Miguel Maya, recorde-se, afastou recentemente qualquer fusão, nomeadamente com o Montepio, e afirmou que a instituição financeira vai crescer organicamente.
(notícias atualizadas às 18:02)