Pela primeira vez, uma equipe de astrônomos do Instituto Max Planck de Astronomia e Física Alienígena foi capaz de identificar diretamente a existência de exoplanetas em combinação com um método de medição de velocidade radial. O achado é descrito em um estudo publicado na revista. Astronomia e astrofísica última sexta-feira (02).
Em geral, a descoberta de exoplanetas é feita de forma indireta, levando em consideração os efeitos que eles causaram nas estrelas em órbita, sem aparecer imediatamente nas observações. Mas com o planeta Beta Pictoris c, localizado a 63 anos-luz da Terra, a história era diferente.
Combinando os poderosos registros de quatro telescópios do projeto Very Large Telescope (VLT), instalado no Chile, com o novo instrumento Gravity, os pesquisadores puderam observar diretamente o fraco brilho de um corpo celeste, muito próximo de sua estrela-mãe, chamada Beta Pictoris. E mais do que isso, foi até possível fotografar um novo exoplaneta.
O sistema Beta Pictoris possui planetas B e C.Fonte: Phys.org/Reproduction
“O nível de detalhe e sensibilidade que podemos alcançar pela gravidade é incrível”, comentou Frank Eisenhauer, cientista-chefe do Instituto Max Planck, referindo-se ao equipamento VLT usado para descobertas que promete fazer progresso. astronomia. “Estamos apenas começando a explorar novos mundos impressionantes, de um buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia a planetas fora do sistema solar”, acrescentou o cientista.
Um exoplaneta gigante
Segundo cálculos dos astrônomos, Beta Pictoris c tem massa nove vezes a de Júpiter e leva cerca de 3,3 anos para completar sua órbita em torno de sua estrela, cuja massa é quase o dobro da do Sol.
Perto está outro exoplaneta, Beta Pictoris b, que é seis vezes mais brilhante. No entanto, o cálculo da massa do planeta b deve levar algum tempo, porque leva o equivalente a 28 anos terrestres para completar a órbita.