O anúncio foi feito hoje pelo diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIH) e um dos principais líderes na luta contra o novo coronavírus nos EUA, Anthony Fauci.
A vacina, desenvolvida pela Moderna, em colaboração com o NIH, entrou em ensaios de fase 3, sendo o primeiro fora da China que atingiu esse estágio de evidência de eficácia e segurança. Se aprovado nesta fase, pode ser usado a granel.
“É um recorde mundial que fomos capazes de passar do seqüenciamento de vírus para a fase 3 da vacina em tão pouco tempo. Nunca fizemos isso antes”, explicou Fauci seis meses entre os dois estágios.
O diretor do NIH também garantiu que a velocidade dos procedimentos não comprometia o rigor científico ou a segurança dos testes.
Fauci disse durante uma conferência de imprensa virtual que as primeiras conclusões sobre a eficácia da vacina poderiam ser tiradas no início de novembro, com a possibilidade de que isso acontecesse mais cedo.
“É muito difícil apontar o dedo para uma data. Hoje é o primeiro dia e precisará ser visto nas próximas semanas se houver um aumento após 28 dias”, disse o epidemiologista, citando a resposta imune dos pacientes examinados.
Analistas acreditam que, se a vacina passar antes da eleição, Trump poderá ter o benefício eleitoral que ele deverá concorrer contra o ex-vice-presidente democrata Joe Biden.
Hoje, às 6:45 da manhã, um local (9:45 da manhã Brasília), uma pessoa em Savannah, na Geórgia, foi a primeira a receber a vacina da Moderna. Nas próximas semanas, outros 30.000 voluntários receberão doses, metade das quais serão placebo, para que haja um contraste estatístico da resposta imune.