O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse ontem à noite que a Força-Tarefa Lava Jato em Curitiba armazenou mais dados do que todo o sistema unificado do Ministério Público Federal e que esses dados contêm 38 mil pessoas.
Segundo Aras, o arquivo do grupo de promotores em Curitiba tem 350 terabit – o sistema MPF tem 40 terabit. “Não podemos imaginar uma unidade institucional feita com segredos, com caixas de segredos”, pensou.
“Todo o MPF, em seu sistema único, possui 40 terabits. O grupo de trabalho Lava Jato em Curitiba possui 350 terabits e 38.000 pessoas com dados armazenados. [nele]Ninguém sabe como [esses nomes] eleitos, quais eram os critérios ”, continuou ele.
Em uma entrevista ao vivo com um grupo de advogados, o chefe da Procuradoria Geral da República disse que havia “MPF de B“, e alegou que 50.000 documentos eram” invisíveis para o Departamento do Interior ” MPF, A PGR não disse quem ocultaria os documentos. A entrevista durou mais de duas horas e o show terminou às 21h11.
Aras também criticou o grupo de trabalho Lava Jato em São Paulo. Segundo ele, a equipe paulista construiu “uma metodologia de distribuição [de processos] onde os membros escolhem os processos que desejam “.
Procurada, a mão-de-obra em Curitiba e São Paulo ainda não se manifestou.
Perseguição ao Presidente
De acordo com a Constituição Brasileira, o Procurador do Estado é responsável pela condenação criminal do Presidente da República. Perguntado pelo criminalista Antôni Carlos de Almeida Castro, Kakay, se Aras pressionaria por uma mudança na lei para que, na ausência ou incapacidade da PGR de apresentar uma queixa contra o presidente, um conselho de três ou cinco sub-advogados analisasse a possibilidade, Aras era tributário .
Segundo a PGR, essa possibilidade não existe. Aras até brincou com a pergunta e disse que parecia um “teclado arranhado”, mencionado pelo fato de Kakay adorar cantar, especialmente as músicas de Robert Carlos, cujo advogado ele é.
O moderador da entrevista, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, disse no ar que a pergunta foi feita por causa de uma queixa contra Bolsonar apresentada por um grupo de ex-promotores liderados pelo ex-PGR Claudio Fonteles sobre o manuseio pelo presidente da pandemia do covid-19. A equipe nacional foi descoberta pelo UOL. A questão estava viva apenas nas acusações e acusações contra o presidente.
O sistema eleitoral interno é “falso”, diz Aras
O PGR, eleito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em setembro de 2019, ficou fora da lista tríplice, criticou o instrumento e disse que seu governo havia considerado o sistema “falso”.
Aras foi o primeiro PGR a assumir o cargo desde 2003, que não estava na lista tripla e, portanto, é visto com desconfiança pelos membros da instituição. Além disso, entrando em sua carreira em 1987, antes da Constituição de 1988 que eliminava essa possibilidade, Aras tem o direito de continuar advogando e se comportando especialmente na Bahia, seu país de origem.
Segundo o procurador-geral, os problemas com o sistema de triplo censo foram revelados por meio de dois relatórios de especialistas elaborados pelo superintendente federal geral e líderes militares.
Os relatórios, no entanto, disse Aras, não provam que havia fraude no sistema que usou o PGR nas eleições internas, mas que o sistema estava sujeito a fraude.
Segundo o PGR, após relatório da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), foi contratada uma revisão dos dois últimos pedidos internos apresentados pela instituição e não foram encontrados problemas.
Twitter perguntou à ANPR (Associação Nacional de Procuradores de Estado) as críticas de Aras ao sistema de votação interno e aguarda uma resposta. Aras disse que a associação é “anarcossindicalismo” e que é sistematicamente contestada pelos órgãos de classe.
Transparência e controle
Aras disse que sua liderança exigiria a máxima transparência: “Quem controla o controlador? Quem supervisiona o inspetor?”, Perguntou.
Além da transparência, ele disse que seu governo quer buscar maior unidade para o MPF, apesar da independência de seus membros. “Todo membro pode agir de acordo com sua consciência, mas nem todo membro é o dono da instituição. É por isso que existem câmaras de coordenação”, disse ele.
As câmaras de fiscalização do MPF também são tópicos temáticos. Entre as diversas atividades, as câmaras analisam as manifestações de procuradores públicos em todo o Brasil. Quando as câmaras não concordam com essas decisões, elas as revisam e ordenam a reabertura do caso por outros membros da instituição.