Apoio à democracia atinge 75% e bate recorde devido a ameaças com o Bolsonar – 27/06/2020 – Poder

O apoio do Brasil à democracia aumentou devido ao agravamento da crise política do governo de Jair Bolsonar e alcançou o índice mais alto da série histórica de Datafolh.

Segundo o instituto, 75% dos entrevistados consideram o regime democrático o mais adequado, enquanto 10% dizem que a ditadura é aceitável em algumas ocasiões.

2.016 pessoas foram ouvidas nos dias 23 e 24 por telefone. O limite de erro é de dois ou mais pontos.

Em dezembro, a última vez que Datafolh fez a mesma pergunta, 62% apoiaram a democracia e um número semelhante à atual ditadura de 12%.

A migração pró-democrática ocorreu entre aqueles para quem o regime não é importante: o contingente caiu de 22% para 12%.

Foi durante esse período que a crise no Brasil eclodiu novamente, com Bolsonar tendo um conflito direto com o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

Insatisfeito com as decisões insatisfeitas com ele, o presidente apoiou as ações que pediam o fechamento de outros ramos do governo e propôs o uso de forças armadas a seu favor.

O atual apoio à democracia tem sido maior desde 1989, quando o Datafolha começou a avaliar os dados.

O maior desrespeito ao regime ocorreu no segundo ano turbulento de 1992, sete anos depois que o Brasil deixou a ditadura militar que começou em 1964.

O país se viu em crise econômica e o presidente Fernando Collor enfrentou um processo de impeachment.

Em fevereiro, houve o menor apoio consecutivo à democracia, 42%. Em setembro, quando Collor estava fora do cargo, foi registrado o pico de apoio à ditadura, 23%.

O clima democrático cresce com o nível de educação e a renda mais alta, de 66%, entre os que têm ensino fundamental, para 91%, entre os que têm ensino superior.

O apoio é de 69% entre os mais pobres (menos de dois salários mínimos), chegando a 87% entre aqueles com renda acima de 10 salários mínimos.

É um pouco mais frágil entre aqueles que consideram o governo de Bolsonar bom ou excelente (68%) e entre o Sul (69%).

Os partidários do presidente também compõem um grupo maior que aceitou o regime totalitário: 15%.

Aqueles que rejeitam Bolsonaro tendem a apoiar mais a democracia (85%), assim como os moradores do sudeste (80%).

Segundo Datafall, o país está dividido entre aqueles que vêem o risco de introduzir uma ditadura (46%) e aqueles que a rejeitam (49%).

Apesar da deterioração do clima político, o medo é o mesmo de dezembro.

Eles acreditam que há uma chance maior de uma aventura autoritária para jovens (55%), aqueles que rejeitam Bolsonaro (56%) e aqueles que consideram uma ditadura aceitável (58%).

Aqueles que rejeitam o perigo são os mais instruídos (58%), partidários de Bolsonar (61%) e ricos (66%).

O Datafolha questionou os brasileiros sobre o poder do Estado sobre a organização da sociedade, quanto mais totalitário o governo.

Os valores medidos foram principalmente democráticos.

O fechamento do Congresso foi rejeitado por 78% (59% no total), enquanto 18% aceitaram a ideia (11% no total).

O Supremo Tribunal rejeitou 75% (56% no total) e manteve 20% (14% no total).

Como se poderia prever, há um maior apoio a esses atos entre aqueles que aprovam Bolsonaro.

Eles gostariam de ver o Congresso encerrar 29% dos que pensam que o governo é grande ou bom e 35% daqueles que dizem confiar no presidente.

37% dos apoiadores e 42% dos que acreditam em Bolsonar pensam o mesmo no Supremo Tribunal Federal.

O governo não pode proibir os entrevistados de greves (81% concordam com essa suposição). Eles também discordam das intervenções sindicais (64%) ou da remoção de partidos políticos (71%).

Na área da justiça, os entrevistados são contra a prisão de pessoas sem mandado (69%) e o uso de tortura para extrair informações de criminosos (86%).

A censura da mídia foi rejeitada em 80% e aceita em 18%.

A rejeição cai para 64% entre a pró-ditadura e a aprovação varia para 32% entre os apoiadores bolonares.

Quanto às mídias sociais, eles acham que o governo não deve exercer controle sobre 64% dos ouvidos, contra 33% dos que concordam.

Um projeto de lei para combater as notícias falsas está sendo aprovado no Congresso, mas gera reações de pessoas que apontam o risco de censura.

As regiões sul e norte / noroeste, redutos do bolonarismo, têm preconceitos um pouco mais autoritários em apoiar itens como proibição de festas, apoio à tortura e fechamento de poder.

Somos uma empresa de propriedade e operação familiar.A pesquisa foi realizada por telefone para evitar o acesso

A pesquisa por telefone usada nesta pesquisa representa a população total de adultos no estado.

A entrevista é realizada por profissionais treinados em acesso telefônico e telefone celular utilizados por cerca de 90% da população. O método telefônico requer questionários rápidos, sem o uso de estímulos visuais, como um cartão de nome de candidato.

Portanto, mesmo com a distribuição da amostra após as cotas de gênero e idade em cada macrorregião e a subsequente ponderação dos resultados de acordo com a escolaridade, os dados devem ser analisados ​​com cautela, pois limitam o uso desses instrumentos. Na pesquisa, realizada de forma a evitar o contato pessoal entre pesquisadores e entrevistados, o Datafolha adotou as recomendações técnicas necessárias para aproximar os resultados o mais próximo possível do universo que representa. Todos os profissionais do Datafolha trabalhavam em casa, incluindo pesquisas, que as realizavam por meio de uma central telefônica remota. Foram pesquisados ​​2.016 adultos brasileiros que possuem celulares em todas as regiões e estados. O erro é de dois pontos percentuais.

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