O que mudou na periferia durante a pandemia de coronavírus?
Adriana Barbosa, empresária e colunista da Twitter, falou sobre esse tópico no “OtaLab” na última quinta-feira. Durante entrevistas com Otavian Costa e a blogueira Nathaly Dias no comitê do Mapa das Minas, ela destacou as três principais questões que mais afetaram a vida de cidadãos e empresas nas comunidades.
Segundo Adriana, um dos pontos que merece destaque é a dificuldade do varejista em se reencontrar no mundo digital.
“Para grandes empresas, é um processo natural. Mas, para pequenos e microempresários, com baixa renda, muitos empresários são desnecessários. Eles são as pessoas que vendem hoje para comer amanhã e não se programaram para executar o processo. A digitalização não é apenas colocando produtos à venda nas mídias sociais ”, disse ele.
A falta de reservas financeiras para emergências e o difícil acesso ao crédito também são grandes problemas, disse Adriana.
“Muitas pessoas não tinham um fundo de reserva que pudessem manter por mais de 30 dias. Levando isso em conta, há outra questão relacionada a isso, e esse é o processo de empréstimo”, disse ele.
“Linhas de crédito que ainda existem hoje para apoiar pequenas empresas [empreendedor] tenha um critério de que você não é negativo. Quem hoje é um empresário de baixa renda que não tem dívidas? “
Procedimento de prevenção
A maior empreendedora negra do Brasil e fundadora da Feira Preta – o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina – Adriana Barbosa também falou sobre os desafios que enfrentou durante a pandemia e destacou as oportunidades que surgem no meio da crise.
“O contexto da pandemia traz uma lente de aumento muito maior em comparação com os processos de desigualdade que foram construídos há muitas décadas. Mas, ao mesmo tempo, vi outros movimentos transformacionais”, disse ele.
“Eu [Feira Preta] está neste processo de reinvenção. Por quase duas décadas, construímos um modelo análogo, construído pessoalmente. E agora estamos no processo de redesenhar esse novo momento da digitalização e refazê-lo para o contexto em que vivemos “, acrescentou.