Foi assinado esta terça-feira de manhã um protocolo de colaboração entre a Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, a empresa de tecnologia Ericsson e a NOS para o desenvolvimento de projetos na rede 5G. Esta manhã, os alunos do 12º ano visitaram virtualmente o Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
Sem sair da sala de aula, Hugo Escaleira, 17 anos, estudante de Ciência e Tecnologia, visitou o Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, a mais de 300 quilómetros da escola, utilizando óculos de realidade virtual e a rede 5G instalada na escola. Foi assim que assumiu a pele de um robô que também estava na capital e, controlando a máquina com um comando, o aluno visitou a sala do Explora e perguntou ao guia do museu sobre experimentos científicos, como convergência e divergência de luz. ou fenômenos meteorológicos como um tornado.
O aluno, confiante que este ano poderá fazer uma aula com esta tecnologia, prevê a possibilidade de visitar outros locais como forma de aplicar as aprendizagens em Biologia e Geologia ou Física e Química.
Para o diretor da escola, José Ramos, este é “um passo muito importante para a educação”. Ainda é necessário estudar, em conjunto com o corpo docente e de acordo com os diferentes programas educacionais, que aplicação prática esta tecnologia terá no ensino. “Esta dificuldade de ser os primeiros a avançar com um projecto dá-nos, por um lado, um sentimento de orgulho. Por outro, também traz o risco de não sabermos muito bem o que vai acontecer”, admite José Ramos.
“Esperamos que os currículos das diversas disciplinas sejam trabalhados de forma diferenciada. Acredito que o 5G nos permitirá transplantar uma sala de aula para qualquer parte do mundo e permitir que os alunos vivenciem situações que os ajudem a incorporar o conhecimento é mais fácil ”, diz o diretor, lembrando que a mudança vai forçar“ alguma ousadia ”, lembrando que“ a maioria dos professores ainda tem dificuldades com as tecnologias ”.
O director executivo da NOS, Manuel Ramalho Eanes, afirma que o 5G vai contribuir para uma “educação mais democrática”, referindo-se à “obrigação de formar os jovens para que estejam preparados para o amanhã”. O objetivo, explica, é criar um conceito de aprendizagem “mais amplo, com mais qualidade e que também ajude a motivar mais os alunos”.
A Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, tem cerca de 1800 alunos, do terceiro ciclo, ensino secundário e educação de adultos.
“Elimine as barreiras tradicionais”
Sofia Vaz Pires, CEO da Ericsson Portugal, que apresenta a empresa como “o parceiro de eleição da NOS em Matosinhos”, salienta ainda que a realidade virtual vai ajudar a “eliminar as barreiras tradicionais” na educação.
Luísa Salgueiro, reeleita autarca de Matosinhos, que também esteve presente na cerimónia desta manhã, deixou o compromisso de que o Município vai manter “a educação como uma prioridade ao nível da estratégia de intervenção local”.
“Queremos o 5G para amenizar algumas dificuldades que ainda existem no acesso à formação e à educação”, esclareceu.