A partir de 16 de março, tudo mudou. Inclusive os padrões de consumo de eletricidade em Portugal, com paragens no tecido produtivo a diminuir o negócio em 25%, enquanto a habitação aumentou 14%, de março a junho, devido ao número significativo de pessoas em teletrabalho, em confinamento, em telescópio ou cobertos por programas de dispensa.
Graças a um algoritmo de inteligência artificial “aplicado a 388 mil faturas apresentadas na sua plataforma, durante o ano em curso, cobrindo um total de 95 mil locais de consumo”, o comparativo de preços Payper concluiu que o gasto médio mensal pago pela habitação em 2020 foi de 70,55 euros mensais.
Agora, de acordo com os relatos da mesma fonte, e em caso de deflação progressiva, este valor pode cair 13,5%, para 61 euros por mês no próximo ano.
Ao nível da despesa mensal dos agregados familiares com electricidade por distrito, o Payper afirma que é em Bragança que mais paga em média por mês (107,59 euros), seguido de Leiria (81,97 euros) e Beja (79,85 euros) euros), enquanto o O distrito mais “salvador” do país é a Guarda (55,09 euros).
O distrito do Porto (77,50 euros) é o 6º dos 18 distritos onde a despesa mensal com electricidade em casa é mais elevada, enquanto o distrito de Lisboa (64,47 euros) é o 4º em que estes gastos mensais são menores no país, concluiu o mesmo comparador de tarifas.
No que diz respeito às tarifas, o estudo revela ainda que “2021 seguirá a tendência de 2020, com a entrada de novos fornecedores com ofertas mais competitivas e a progressiva mudança de clientes para tarifas mais competitivas”.
“O que acontece é que os portugueses gastam demasiado com electricidade porque não estão informados e não comparam as ofertas comerciais disponíveis, pois acreditamos que se a tarifa fosse ajustada ao seu consumo em 2020, cada consumidor poderia ter poupado cerca de 100 euros”. , explica Nuno Costa, analista de dados do Payper.
Refira-se que para 2022, em termos de impostos, a empresa prevê que a redução do IVA para clientes domésticos com potência contratada até 6,9 kWh, em vigor desde 1 de dezembro de 2020, se aplique ao consumo dos primeiros 100 kWh de consumo mensalmente, deverá permitir poupanças mensais, em média, de 1,6 euros por mês e 19,2 euros por ano.
E só a partir de março passa a vigorar o desconto específico para famílias numerosas (com cinco ou mais elementos), que vão se beneficiar de um desconto na alíquota intermediária do ICMS sobre o consumo mensal até 150kWh, que, segundo o Payper, se traduzirá em economia de uma média de 2,23 euros por mês e 26,76 euros por ano.