BCP abaixo de 8 cêntimos pela 1ª vez com a banca europeia em mínimos históricos – Câmbio

A ação do Banco Comercial Português está a desvalorizar 4,23%, para 7,92 cêntimos por ação, renovando mínimos históricos pela terceira sessão consecutiva, num dia em que também caiu o índice que reúne alguns dos maiores bancos da Europa.

No quinto dia consecutivo de depreciação, o banco liderado por Miguel Maya desce abaixo do nível dos 8 cêntimos por ação pela primeira vez na sua história (tendo em conta as cotações ajustadas para aumentos de capital e operações de agrupamento).

Em termos de liquidez, já foram negociados cerca de 28,5 milhões de ações, o que compara com a média diária dos últimos seis meses de 57,7 milhões de títulos negociados. A queda de hoje do banco português supera a dos seus pares europeus. O índice que agrupa parte do sector bancário da região – do qual o BCP não faz parte – está a desvalorizar mais de 1,5% para mínimos históricos. As maiores quedas são registradas pelos franceses Credit Agricole e Natixis, com perdas de 3,4% e 3,5%, respectivamente.

Assim, se o BCP fizesse parte deste grupo, seria o banco com a maior queda do dia, neste momento.

A empresa portuguesa cotada está a operar mais de 30% abaixo da média móvel dos últimos 200 dias e mais de 20% abaixo da média de 90 dias.

De acordo com o RSI (Relative Strength Index), indicador que mede a força com que uma ação está sendo comprada ou vendida durante um determinado período, o preço de fechamento do BCP está abaixo de 30 pontos o que, normalmente, é visto como um sinal de que podemos ver um aumento no curto prazo. A última vez que o título do BCP foi transacionado a este nível, no início de abril, o título subiu mais de 36% num intervalo de dois meses.

Hoje, o Jornal Económico adianta que o BCP se prepara para vender uma carteira de ativos considerada problemática por cerca de 750 milhões de euros. A Bloomberg diz que esse número ficará em torno de 721 milhões.

A semana tem sido “negra” para o setor bancário na Europa, tendo começado da pior maneira devido ao lançamento dos Arquivos FinCEN, expondo várias transações suspeitas envolvendo alguns dos maiores bancos da região.

Também na segunda-feira, a remodelação do Euro Stoxx 50, índice que reúne as 50 maiores empresas da Europa, caiu dois bancos (BBVA e Société Générale), reduzindo ainda mais o número de bancos representados para quatro.

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