UMA Mota-Engil anunciado esta quinta-feira ao mercado que negocia acordo com uma das cinco maiores construtoras do mundo com vista à venda de 30% do seu capital. Embora não revele a identidade desse grupo, trata-se de uma parceria com a gigante chinesa China Communications Construction Company (ACPC), a quarta maior do setor no mundo. As ações de empresa portuguesa baleado na bolsa.
A Mota Engil “informa que se encontra em fase final de negociações para um acordo estratégico de parceria e investimento com um dos maiores grupos de infraestruturas do mundo (top 5), com atividade significativa a nível mundial, com vista a que este grupo se torne um acionista relevante e um parceiro de longa data ”, lê-se no depoimento, que não identifica o grupo em questão. No entanto, a imprensa económica avança esta manhã que essa empresa é a ChinesePC, com a qual a Mota-Engil mantém uma parceria desde o ano passado e que já se traduziu no investimento conjunto em projetos na Colômbia, México e Nigéria.
No âmbito deste negócio – que, de acordo com o comunicado “reflecte uma valorização muito acima do actual preço de mercado” e cuja conclusão “se espera que ocorra em breve” – a ACPC irá estabelecer “um acordo de parceria e investimento com o grupo Mota -Engil desenvolverá conjuntamente oportunidades comerciais ”e“ compromete-se a subscrever participação relevante em aumento de capital de até 100 milhões de novas ações ”.
Na sequência deste aumento de capital, a Mota-Engil Participações, que detém atualmente cerca de dois terços do capital, passa a ter uma “participação de 40% no capital” da empresa, enquanto o “novo acionista atingirá um pouco mais de 30%”.
Segundo a Mota-Engil, a operação assenta numa “valorização do grupo em cerca de 750 milhões de euros”, mais do que o dobro do seu valor de mercado tendo em conta a cotação em bolsa. E “vai reforçar a capacidade financeira, técnica e comercial do grupo Mota-Engil, de forma a aumentar a sua atuação em todos os mercados e abrir novas oportunidades de novos desenvolvimentos”, conclui.
Numa primeira reacção a este anúncio, os investidores fizeram com que as acções da construtora valorizassem 15%, enquanto a subida se estabilizou em 11%, com os títulos a valerem 1.608 euros.
Entretanto, a Mota-Engil anunciou que encerrou o primeiro semestre deste ano com um prejuízo de 5,04 milhões de euros, que compara com 8,13 milhões de euros no mesmo período. Nos primeiros seis meses do ano, o volume de negócios do grupo caiu 14%, para 1,2 mil milhões de euros, com o impacto do covid-19 contabilizado por 280 milhões de euros, afirma. com Lusa