Felicidade. Gratidão. Compartilhando. São as ideias fortes da conversa com o artilheiro da Liga 2019/2020. O avançado brasileiro não esquece que há três anos quase abandonou o futebol, é reconhecido por quem o trouxe a Portugal e diz que, agora que conquistou este troféu, «a responsabilidade aumentou».
– Agora que você tem A BOLA de Prata ao seu lado, como é? O que você sentiu ao receber esse prêmio e o que você achou?
– Sensação de alegria, naturalmente. Ainda mais como ficou, terminando o campeonato oferecendo a vitória ao Benfica no último jogo, no clássico contra o Sporting. Claro, eu só posso ser feliz. Os atacantes vivem de gols e marcar tantos gols quanto possível é sempre um objetivo ao iniciar um novo ciclo. Portanto, estar aqui agora com este troféu ao meu lado só pode me encher de felicidade.
– O que esse troféu representa para você e ser o maior goleador do campeonato?
– Representa um trabalho feito, em equipa, e uma meta individual atingida … mas também representa muito em termos colectivos, porque se não fosse pelo trabalho em equipa, sem os meus colegas, não teria conseguido fazer o que eu fiz, para chegar a esse objetivo. Estou feliz e dedico este prêmio a todos os membros também.
– Foi o maior goleador com 19 gols, na primeira temporada pelo Benfica. Era um objetivo que você tinha em mente? Você acreditou que isso seria possível?
– Quando você chega em um clube, o primeiro ano costuma ser sempre de adaptação … Vim aprender com todos, com meus colegas, com os treinadores, com todos … Claro, como eu disse, atacantes vivem de gols e, portanto, o primeiro passo é ajudar a equipe com gols. E à medida que os gols vão aparecendo e os jogos vão passando, se conseguirmos encontrar o ritmo certo então é normal começar a pensar nisso [melhor marcador] e ver essa meta como outro desafio.
– Ser o melhor marcador do campeonato português foi uma resposta a alguém que não acreditou nas tuas capacidades durante a tua carreira?
– Não. No futebol temos que estar sempre provando, a cada dia que passa temos que mostrar que somos capazes de alcançar o que nos propusemos. É assim que eu vejo. É assim comigo e não sou diferente dos outros. E como disse, estou muito feliz por ter conquistado esse troféu, não foi uma resposta para ninguém … Quanto, foi uma resposta para mim, que sempre me esforcei para lutar mais e mais pelos meus objetivos, melhorar , mantenha o foco nesse objetivo. Portanto, a resposta só pode ser para mim, ser melhor a cada dia.
– Caminhava na luta direta pelo troféu com Pizzi. Você falou sobre isso no treino ou no vestiário? Você fez uma aposta?
– Sim, mas mais como uma piada. Foi uma luta saudável e sempre entendemos que foi uma boa luta para o Benfica. E fomos para o último praticamente juntos para ver em que lado caia o vencedor. Foi bom, também foi um sinal do bom plantel que temos …
– Tanto que o último gol foi do Pizzi que assistiu.
– Exatamente. Foi bom ter esta disputa, o Benfica também vence com isso … Quando aconteceu este golo, o Pizzi veio festejar comigo, agradeci-lhe pela ajuda. Acredito que a equipe é a vencedora por ter jogadores que fazem gols e lutam por prêmios individuais. Pizzi também fez uma temporada fantástica, com muito mérito, que marca 30 gols em uma temporada [em todas as provas] só pode ser um jogador de grande qualidade. Estou feliz por estar com ele e aprender com ele todos os dias.
– Você está motivado para tentar ganhar mais bolas de prata?
– Agora a responsabilidade aumentou. Repito que, gostemos ou não, no futebol temos sempre de provar o nosso valor. Ainda mais agora que fui o melhor marcador. Na próxima temporada, o que tenho que fazer é trabalhar mais a cada dia, mostrar que posso dar mais e continuar lutando e aprendendo, e tentar repetir essa façanha, uma grande conquista individual. Chegar aqui e ser o maior goleador da primeira temporada me deixou muito satisfeito, mas o caminho não acaba aqui.
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