Privatização: Bolsonaro explica debandada do secretário: ‘Estado está rachado’

Presidente Jair Bolsonaro (sem o partido) utilizou as redes sociais para defender a privatização de empresas estatais e tentou reduzir o impacto da saída de dois importantes secretários do Ministério da Economia.

Segundo o presidente, as saídas do secretário especial para Privatização e Privatização Salim Mattar e do secretário para a Desburocratização, Governança e Governo Digital, Paul Uebel, deveriam seguir suas “ambições pessoais”.

Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu que houve “debandada” em sua equipe.

Bolsonaro defendeu a privatização. “O estado está furado e deve se livrar de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que o setor privado pode administrar melhor”, escreveu ele em Facebook.

Ele também criticou a decisão STF que a privatização de grandes empresas deve passar pelo Congresso dizendo que “piora” a situação.

O ritmo da privatização e reforma administrativa

Segundo Guedes, Mattar estava insatisfeito com o ritmo de privatizações no país e a Uebel reclamou da falta de avanços na reforma administrativa, que está sendo tratada pelos servidores públicos.

Em julho, o então ministro da Fazenda Mansueto Almeida deixou o governo e o diretor de programas da Secretaria Especial da Fazenda, Caio Megale. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, também renunciou. Anteriormente, o então secretário especial de Comércio Exterior, Marcos Troyjo, renunciou e assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS em maio.

Secretários ficaram insatisfeitos, diz Guedes

“Salim Mattar renunciou hoje. É, de fato, um sinal de insatisfação com o ritmo das privatizações. Mas é preciso perguntar a Salim quem está impedindo as privatizações. O que ele disse é que privatizar é muito difícil, o estado não deixa privatizar, está muito preso”, disse. Ministro após reunião com o Presidente da Câmara dos Deputados Sr. Rodrigo Maia (RJ-DM).

O ministro comentou ironicamente a posição dos assessores e disse que a resposta do governo funcionaria para acelerar as reformas e atrair investimentos.

“O que ele me disse é que é muito difícil privatizar, não abrir mão daquela fábrica”, disse Guedes, descrevendo a justificativa de Salim Mattar para deixar o cargo. “O que eu disse a ele foi que não adianta esperar que o Pai Celestial privatize todos por quem você tem que lutar.”

“Nossa reação ao estouro que aconteceu hoje é acelerar as reformas. Vamos privatizar, vamos insistir nesse caminho, vamos lutar, vamos abrir investimentos”, disse Guedes. Quanto à privatização, ele citou como prioritárias Eletrobras, Correios, PPSA (antigo óleo de sal) e Docas de Santos.

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