O contrato firmado entre Globo e Red Bull Bragantino pelos direitos do brasileiro não prevê a obrigação da emissora de dizer o nome do time. Mesmo assim, o clube decidiu aceitá-lo por causa das condições financeiras e porque ainda vê alternativas para divulgar sua marca.
Quando começaram as negociações entre as partes, a equipe de Bragançe estabeleceu como uma das demandas que a marca Red Bull fosse discutida nos desfiles. Isso é contrário à política da Globe, que significa que as marcas comerciais só falam depois de pagar por publicidade.
O principal gargalo do negócio, porém, foi que a Globo fez propostas abaixo das expectativas do clube. Em meio a uma pandemia de coronavírus, ele ofereceu apenas R $ 30 milhões sem quaisquer condições como outros clubes.
Depois do MP Mandante, a Globo aprimorou a proposta ao incluir o Red Bull nos mesmos parâmetros de outros clubes, com a mesma cota, por cargo e por exibição na televisão interna e externa. Dois dias antes da estreia no Brasil, o clube aceitou a oferta. A decisão deveria garantir uma receita expressiva, que poderia chegar a R $ 60 milhões para o clube, com contrato de cinco anos para todas as mídias.
Ao mesmo tempo, a Red Bull espera a atitude da Globo em relação aos nomes. Como não há previsão contratual, espera-se que a emissora não diga o nome da empresa. No curto prazo, o clube aceitará a posição da emissora.
Uma ação futura para resolver o problema não está descartada como feito na Fórmula 1. Neste caso, a FIA (organizador da corrida) entrou com uma ação contra o titular da transferência para pronunciar o nome da equipe Red Bull Racing.
A justificativa é que, após mudanças na estrutura da empresa, a Red Bull aparece com o nome de fato do clube. A Globo firmou contrato próprio com a pessoa jurídica que leva a marca. Mas é uma questão que será aceita no futuro. Por enquanto, o clube aceitou que não há obrigação de pronunciar seu nome completo.