Se uma média de mais de mil mortes por dia parece ruim, é ainda pior para normalizar. Na busca por uma possível reabertura da economia, governo federal, estados e municípios têm tentado amenizar a situação e utilizar índices e gráficos como a média móvel que consideram adequada, afirmam os especialistas.
A má análise deste e de outros dados, dizem eles, pode esconder o custo humano por trás do que as autoridades chamaram de “platôs”.
Além disso, há demora na notificação, o que pode levar a população a interpretar mal os anúncios diários, pelo governo federal, do número de novos óbitos registrados em 24 horas. Em vez de dizer quantas pessoas morreram naquele período, na verdade ele está relatando o momento em que essas mortes começaram a aparecer no balanço oficial.
Segundo o Ministério da Saúde, confirma pesquisa realizada por médico Twitter, a morte pode levar até dois meses para ser incluída nos índices federais.
O gráfico abaixo mostra a diferença entre o número real de pessoas mortas na data e os números oficiais divulgados naquele dia. A diferença ultrapassa 10 mil casos, mas tem diminuído nos últimos períodos devido a um atraso na atualização por parte do Ministério da Saúde, e não porque foi encerrado.