Por que a Globo rescindiu contrato com a Libertadores. Veja os motivos – Blog para Rodrigo Mattos

A Globo surpreendeu com a decisão de rescindir o contrato com a Libertadores, que duraria até 2022. Ao contrário do Carioca, o campeonato tem o valor certo para o pacote esportivo das emissoras. A medida, no entanto, faz parte da adaptação da estratégia da emissora à crise econômica e às novas condições de mercado.

A cessação do futebol pelo coronavírus evidenciou o cenário de queda da receita da Globo com a exploração de direitos televisivos, a exemplo de outras empresas. Houve redução no valor arrecadado com o pay-per-view, com a TV fechada e com o modelo de TV aberta em questão.

Com isso, o contrato de US $ 65 milhões ficou caro (R $ 346 milhões pelo câmbio atual inflado). Esse valor é pago para o pacote de dois jogos da quarta-feira, exceto nos jogos a que o SporTV tem direito na terça e na quarta-feira. Facebook e Fox Sports têm direito a outros jogos embalados. Veja ponto por motivo de rescisão do Globo:

Globo tentou cortar

A emissora admite que revisou seu portfólio de direitos esportivos, o que já foi demonstrado pela abolição do Carioca e na disputa com a FIFA pelos direitos à Copa. “Nesse contexto e com o objetivo de suspender essa competição por alguns meses, a empresa tentou renegociar o contrato com a Libertadores, que valia até 2022, com a Conmebol, mas infelizmente nenhum acordo foi alcançado. Então, a Globo não teve alternativa senão rescindir contrato “, diz a nota da emissora.

A Conmebol reconhece que, apesar da crise pandêmica, a Libertadores está se recuperando e pode ter outras ofertas. E aqui está outro ponto: o IMG e o Perform destinam à entidade US $ 350 milhões anuais pelos direitos da Libertadores e da Sul-Americana. São essas empresas que devem negociar direitos. Nesse cenário, o dinheiro fica garantido para a confederação até 2022. Isso dá à Conmebol mais força para dizer não, e as empresas podem fazer novas disputas de ativos.

Mercado mundial em baixa

A Globo vê o mercado de direitos esportivos em declínio dos valores mundiais. Ele, portanto, percebe que poderia obter uma redução no que pagou pela competição. Além disso, como o contrato da Libertadores ficou quase US $ 100 milhões mais caro para uma emissora de alto dólar que saltou de um patamar pouco abaixo de R $ 4,00 para mais de R $ 5,00 durante a crise econômica de 2020,

“Grandes players globais têm sido obrigados a negociar seus acordos em eventos esportivos devido à crise econômica provocada pela COVID-19, que no Brasil ainda é acentuada pela desvalorização da moeda, que multiplica o valor dos contratos em dólares.”

A questão é que empresas globais como o Facebook, que já tem participação na Libertadores, Amazon e Youtube, não são afetadas pelo câmbio porque têm receita majoritária de dois dólares. Além disso, alguns desses gigantes globais ainda tiveram rendimentos mais elevados durante a crise do coronavírus. Portanto, podem se tornar competidores se decidirem investir no Campeonato Sul-Americano.

Globo ainda vê lacuna a ser mantida na Libertadores

Apesar do rompimento de contrato, é claro que a Globo ainda tem interesse na competição e não descarta um novo contrato. Ele, portanto, entende que a Conmebol deve se adaptar à nova realidade do país.

“Principal competição de clubes da América, a Libertadores continua importante para a Globo. Mas para que sua transferência seja viável e satisfatória para todas as partes envolvidas, ela deve se adequar à nova realidade mundial dos direitos esportivos e da conjuntura econômica. Viveu em todo o país”, diz o comunicado. notas da emissora.

Essa oportunidade de um novo negócio vai depender do interesse que os games que a Globo despertar no mercado. Se a emissora usou a rescisão para valores mais baixos em vigor, sua estratégia pode não funcionar se houver propostas de ativos atraentes.

Motivo legal

O motivo alegado pela Globo para a rescisão do contrato com a Libertadores foi a suspensão por mais tempo por motivo de força maior, que está estipulada em contrato. No caso do Brasileir, seu principal produto, a emissora não solicitou essa folga. Ele fez o mesmo com a FIFA em relação à Copa do Mundo.

“Por fim, é importante esclarecer que havia uma cláusula especial sobre a rescisão do contrato em caso de suspensão da licitação por mais tempo por motivo de força maior”, diz a nota Globo.

A decisão de descontinuar a Conmebol não foi um consenso dentro do Globo. A interrupção deve afetar a forma como a emissora vê o poder de mercado.

Pedro Ivo de Almeida colaborou

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