veja antes e depois da região portuária

A explosão que atingiu Beirute, capital do Líbano, deixou pelo menos 100 mortos e um rastro de destruição na região portuária da cidade ontem. Imagens de satélite mostram a área antes e depois das explosões.

A primeira imagem (à esquerda), reproduzida do Google Earth, mostra como era a região antes. O segundo, postado no perfil do Instagram do rabzthecopter, mostra a devastação na área formada por galpões e galpões.

O que aconteceu?

Ontem, por volta das 18h (12h, horário de Brasília), a primeira explosão foi ouvida em Beirute, seguida por uma muito mais alta. Os prédios tremeram e as janelas quebraram a poucos quilômetros.

Nas ruas de Beirute, soldados evacuaram moradores atordoados, muitos dos quais ensangüentados, com camisas amarradas na cabeça para manter feridas.

Primeiro Ministro Hassan Diab declarou um dia de luto por esta quarta-feira. Ele disse ontem que as explosões foram causadas pela detonação de 2.750 toneladas de nitrato de amônio.

A substância é um sal branco inodoro, usado na composição de certos tipos de fertilizantes na forma de cereais, altamente solúveis em água. Também é utilizado na fabricação de explosivos e já causou vários acidentes industriais.

Anteriormente, o Diretor de Segurança Geral, Abbas Ibrahim, disse que as explosões poderiam ter sido causadas por “materiais explosivos apreendidos há vários anos”, mas acrescentou que a investigação determinaria a “natureza exata do incidente”.

“É inaceitável que uma remessa de nitrato de amônio, avaliada em 2.750 toneladas, esteja armazenada há seis anos sem medidas preventivas. Isso é inaceitável e não podemos ficar calados sobre isso”, disse o primeiro-ministro durante uma reunião do Conselho Supremo de Defesa.

Diab ele prometeu que os responsáveis ​​seriam “responsáveis” e pediu ajuda aos “países amigos” libaneses.

A trágica terça-feira se soma à situação já difícil no Líbano, que passa pela pior crise econômica em décadas, marcada por depreciação sem precedentes da taxa de câmbio, hiperinflação e demissões em massa que alimentam inquietação social há meses. Hospitais da capital, que já estão negociando coronavírus, estão saturados.

Apoio do exterior

No Twitter, o presidente Emmanuel Macron anunciou que estava enviando um destacamento de segurança civil e “várias toneladas de suprimentos médicos” para Beirute, bem como a chegada de médicos “o mais rápido possível”.

Canadá, Grã-Bretanha e Estados Unidos também se declararam prontos para ajudar o povo libanês.

Embora tecnicamente em guerra com o Líbano, Israel tenha prestado “assistência humanitária e médica ao governo libanês”, em meio a novas tensões entre os dois estados vizinhos.

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