Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotellihoje evitam defender abertamente a política de cotas sociais, mas reconhecem que são um mecanismo que tenta reduzir as diferenças no acesso à educação.
“Não podemos exigir resultados iguais para quem não tem acesso igual. As probabilidades sempre dependerão do reflexo de toda a sociedade”, afirmou ele em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Decotelli aceitou um discurso neutro quando falou sobre o assunto, mas reconheceu as estruturas que o sustentam. racismo na sociedade brasileira.
“Passamos mais de 300 anos com essa noção de escravidão. Hoje ainda temos muitas metodologias de poluição, subjetividade. Nunca fui George Floyd como negro [americano negro morto por um policial branco], Nunca sofri racismo por ter sido baleado duas vezes nas costas. Mas [sim de] eles percebem a aparência, a eugenia do ambiente, ou seja, criam um ambiente que não é para os negros ”, afirmou.
Ele também afirmou que os Estados Unidos criaram uma “pandemia racial” com protestos anti-racistas, mostrando que o país “não aprendeu a viver com a diferença”.
O economista reforçou sua visão de que as cotas – adotadas pelas universidades públicas para garantir mais negros e indígenas nos cursos acadêmicos – refletem a autocrítica da sociedade. Sam disse que era o bisneto de um ex-escravo, libertado sob a Lei Sexagenária.
“Nós vamos fornecer desigual, vamos oferecer oportunidades iguais. É muito antiquado pensar em sistemas de diferenças entre seres humanos.
Assumindo um mapa
Decotelli foi anunciado ontem pelo ministro da Educação, presidente Jair Bolsonaro. Ele foi presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), uma autarquia que faz parte do portfólio.
O ministro é um oficial militar da Reserva da Marinha e especialista em finanças. Ele não é considerado um “olavista”, mas estaria de acordo com o pensamento ideológico do presidente.
O segundo ministro negro no cargo de ministro da Educação – o primeiro foi José Henrique Paim, no governo de Dilma Rousseff (PT) – Decotelli aproveitou a vaga deixada pela saída de Abraham Weintraub, após um período de 14 meses com muitas controvérsias e duas investigações em andamento no STF. corte federal).