Impeachment Witzel votou por unanimidade e une os opostos do PSL ao PSOL no Rio

A aparente harmonia entre os partidos com projetos opostos na busca de investigações contra o governador não foi desfeita ao discutir os objetivos por trás dos votos no processo de remoção.

PSOL e PSL, PT e Partido Novo, DEM e PCdoB.

A votação simbólica que marcou o início formal das discussões sobre o procedimento de omissão do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, na quarta-feira (11) foi um raro suspiro de polarização política ao unir os pilares opostos na Assembléia Legislativa Fluminense.

Reunidos em uma sessão online, 69 dos 70 parlamentares do Rio de Janeiro votaram a favor da investigação do governador, que recentemente se tornou alvo de 14 pedidos separados de proibição de trabalho.

Eleito entre os elogios do então candidato Jair Bolsonar e o alvo da oposição feroz dos partidos de esquerda desde a eleição, o governador do Rio de Janeiro decidiu se separar do presidente anunciando repetidamente sua intenção de concorrer ao Palácio do Planalto em 2022? quando Bolsonaro tentará sua reeleição.

Após críticas repetidas ao presidente, a quem ele classificou como “desequilibrado” e “um líder que não governa”, Witzel viu grande parte da base que ele construiu em sua curta carreira política desaparecer.

Os bolonaristas, que permaneceram em cargos no governo mesmo após a divisão entre presidente e governador, começaram a articular o imperativo da Assembléia Legislativa.

A gota d’água mais recente foi a Operação Placebo, da polícia federal, que em 26 de maio revistou a residência oficial do governador e a sede do governo no Rio de Janeiro.

A inauguração das operações de comerciantes do caos e favoritos, iniciada no início deste mês, investiga a relação do governador e de sua esposa Helena Witzel com supostas fraudes e desvios nos contratos de emergência, sem fazer uma oferta em resposta à pandemia de coronavírus.

Em um comunicado, Witzel disse que respeita os procedimentos e está confiante em sua inocência.

“Fui eleito no pilar anticorrupção e nunca deixei a bandeira. E mostrarei humildemente às senhoras e senhores”, disse ele.

‘Oposição de verão’

No entanto, a aparente harmonia entre as partes e os projetos opostos na busca de investigações contra Witzel não foi alcançada ao discutir os objetivos por trás dos votos no processo de ausência.

Para o deputado psolista Dani Monteiro, autor da lei que forçou o governo de Witzell a descobrir contratos de emergência assinados durante a pandemia, políticos que até recentemente apoiavam o governador desistiram de fazer “benefícios da oposição” ou “férias”.

“Aqueles que estavam no poder até recentemente estão votando contra. A insatisfação de Bolsonar e Witzel é pública, insatisfação que tem a ver com ego, porque ambos têm uma agenda, que sempre foi muito casada desde a eleição”, disse ele. um discurso de desculpas pela violência policial comum a ambos os políticos.

“A esquerda tem muita paz para implementar esse desejo e não estamos de modo algum vinculados à agenda deles. As pessoas não mudaram seu discurso e prejudicaram sua retórica para distorcer sua própria posição”.

Muitas vezes fotografado ao lado do então candidato Witzel na eleição, hoje o deputado Daniel Silveira diz que “se arrependeu”.

“Ajudei muito Witzel e lamento ter muita esperança nele”, disse Silveira à BBC News Brasil por telefone.

“Mas a política é assim, não temos uma bola de cristal”.

“Eu não quero matar comunistas”

Em uma das imagens mais famosas da eleição, Silveira apareceu ao lado de Witzel e hoje o deputado Rodrigo Amorim com um sinal quebrado mostrando o nome da vereadora Marielle Franco, executada com o motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Marielle foi uma das principais vozes para contestar a violência policial, e a ação das milícias no Rio de Janeiro e sua morte dois anos depois ainda não foram totalmente esclarecidas.

Silveira, originalmente policial militar do Rio de Janeiro, diz que o ex-aliado “perdeu a mão no diálogo político”.

“Minha opinião é que ele não conhecia o diálogo com Aller (Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro). Ele quase assumiu a posição de monarca e queria comprar lutas como se fosse um campeão”, diz ele.

“Infelizmente para ele, e felizmente para outros, a política não funciona dessa maneira. Ele não compareceu nem à direita, nem à esquerda, nem ao centro”, diz ele, argumentando que o governador deveria ser removido.

A deputada Monteira, por outro lado, diz que prefere esperar pelos resultados das investigações.

“É preciso ter muito cuidado ao deixar o chefe do poder executivo, e falo com muita calma porque sempre me opus ao governo de Witzel. Não devemos banalizar a ferramenta de remoção, o Brasil paga muito caro pelo golpe institucional de 2016. responsabilidade pelas armas oferecidas a nós pela democracia .

Se atos ilegais forem comprovados, ele deve ser punido de acordo com a lei que regula sua posição “, afirmou.

“O que nos diferencia do resto é que, além das evidências de sobrecarga e corrupção na assistência médica, apresentadas por muitos parlamentares, estamos colocando a questão da segurança pública na segurança pública do governador”, continuou o deputado.

“O que vemos é um verdadeiro genocídio, o extermínio de jovens humildes apenas porque nasceram onde nasceram e como são. Não é possível que uma pessoa ocupe um cargo no ramo executivo, eleito pelo povo, como seu executor-chefe”.

Hoje, o vice-primeiro ministro Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Amorim, por sua vez, concentra suas críticas no que ele descreve como a perda da capacidade do governador de falar com as vozes de outros.

“Sou completamente conservador, mas por exemplo não quero matar um comunista. Minha luta está em diálogo.”

Próximos passos

Confira abaixo, passo a passo, a proibição ritual proibida, enviada pela assessoria de imprensa Alerj? segundo a qual passamos da fase 2 para a fase 3 na quarta-feira.

1 – O pedido é submetido e vai para a análise da procuradoria da Alera, que se refere à acusação Presidência se atender aos requisitos legaiscom;

2 – A Presidência analisa e decide se deve prosseguir com o processo ou não;

3 – se sim, publicado em Diary EMoficialmente um ato do Presidente Aller que conceda um prazo de 48 horas para que as partes na Câmara nomeiem representantes da Comissão Especial para analisar a admissibilidade do recurso. Os acusados ​​foram informados para apresentar sua defesa em 10 sessões, e o recurso foi lido em plenário.;

4 – Uma vez indicado, membros Comissão Especial seu48h para encontrar e eleger relatores e presidentes;

5- A Comissão Especial emitirá um parecer sobre a admissibilidade da objeção dentro de 5 sessões, contando desde o recebimento da defesa ou o final do período de defesa de 10 sessões, se não apresentado;

6 – O parecer do Comité Especial é lido em sessão plenária e depois incluído na ordem do dia, ou seja, na ordem do dia da votação e do debate.;

7 – Os membros, no máximo cinco por página, podem discutir o parecer por no máximo 1 horasàs perguntas respondidas pelo relator. O debate está encerrado – não necessariamente terminando no mesmo dia – uma votação alta será realizada;

8 – Se o advogado decidir receber o recurso, o acusado será removido por maioria absoluta, e uma cópia do caso será enviada ao Presidente do Tribunal para a criação de um tribunal misto. responsável pelo julgamento final da questão.


  • Você assistiu nossos novos vídeos no Youtube? Inscreva-se no nosso canal!

https://www.youtube.com/watch?v=GryqqaJMvDY

https://www.youtube.com/watch?v=r-PsxLOZYTs

https://www.youtube.com/watch?v=80XHCb7EjZ4&t=154s

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top