O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou hoje que o Ministério da Saúde continua divulgando os dados coletados coronavírus em portal oficial, Os registros mais recentes mostram que existem 37.134 mortes no Brasil hoje e 707.412 pessoas que já foram diagnosticadas com a doença.
A decisão seguiu uma análise da ação apresentada pelas partes Rede Sustentabilidade, PSOL e PCdoB, que também solicitou uma atualização diária do governo até 19h30. O ministro também determinou que a Procuradoria do Estado (AGU) forneceria as informações que “julgar necessárias” dentro de 48 horas.
Na semana passada, o governo mudou a maneira como exibia dados agregados para casos confirmados, curvas de morte e infecção por região – o mapa começou a mostrar apenas dados das últimas 24 horas, omitindo registros agregados.
“[Decido] ordenar ao Ministro da Saúde que lidere a disseminação diária global de dados epidêmicos relacionados à pandemia (covid-19), inclusive no site do Ministério da Saúde e com um número cumulativo de ocorrências, exatamente como foi realizado até o último dia de 4 de junho “, escreveu Moraes em uma preliminar decisão.
Para ele, a seriedade da pandemia exige que as autoridades tomem todas as medidas possíveis para “apoiar e sustentar as atividades do Sistema Único de Saúde”.
Moraes também disse que “um sério risco de cessação repentina da coleta e disseminação” é ruim para o sistema de saúde do Brasil, e que o ministério apresentará novos casos e mortes, até o dia 4 de junho.
Em resposta à decisão de Jair Bolsonaro de restringir o acesso aos dados da pandemia do Covid-19, a casa da mídia Twitter, Estado de São Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra decidiram firmar uma parceria e trabalhar em conjunto para buscar os dados necessários em 26 estados e na área federal.
Em uma iniciativa sem precedentes, equipes de todos os veículos compartilharão tarefas e compartilharão as informações obtidas para que os brasileiros possam saber como a evolução está evoluindo e o número total de mortes causadas pela covid-19, além do número consolidado de casos testados e com resultado positivo. para novo coronavírus.
A saúde promete dados até as 18h.
Na conferência de imprensa de hoje no Palácio do Planalto, o Ministério da Saúde prometeu redistribuir informações atualizadas sobre a pandemia. coronavírus no Brasil às 18h, com dados acumulados totais sobre casos e óbitos.
Um boletim diário foi publicado hoje após esse período, mas antes das 19h, confirmando 679 novas mortes por covid-19 registradas nas últimas 24 horas e ainda não produziu dados gerais.
O governo justificou problemas recentes com questões técnicas e melhorias portal oficial, que estará disponível novamente em breve.
“Concordamos com os estados e municípios em enviar informações. Essas informações serão coletadas e publicadas uma vez por dia. Se conseguirmos resolver os problemas técnicos, poderemos receber tudo até as 16h e publicá-las às 18h”, disse o secretário executivo Élcio Franco. .
O diretor de Análise e Supervisão em Saúde do Ministério Eduardo Macário afirmou que a nova modalidade proporcionará maior conhecimento sobre as datas de ocorrência da morte e que adotará um novo modelo a partir da data de ocorrência e não será mais notificada.
“Muitas vezes a morte aconteceu há algumas semanas e a confirmação do laboratório pode demorar muito, uma semana, duas semanas. Então, no momento em que é atualizada, termina com a atualização não apenas dos dados do que aconteceu hoje, mas também de um dia, dois dias atrás. “Como algumas semanas atrás, isso está acontecendo na vida cotidiana dessa pandemia. Quando tivermos acesso total ao sistema de forma consistente a partir do dia da morte, teremos uma curva de dimensão sem tantas quedas, que elas terão informações realmente consistentes”, disse ele.
O que as partes estavam procurando?
O pedido do partido diz que o Ministério da Saúde atrasou a publicação de dados de pandemia em seu site por três dias seguidos na semana passada.
Ele então, sem justificativa, alterou o formato do estado de equilíbrio diário, omitindo dados como o número total de casos confirmados, casos de recuperação e morte acumulados nos últimos três dias, o número de mortes na investigação e o número de pacientes ainda sendo monitorados.
Para as partes, a limitação desses dados dificulta o monitoramento do progresso da pandemia e atrasa a implementação de políticas públicas de controle e prevenção de doenças.
“É necessário acesso total para detectar falhas na saúde da população em unidades de rede espalhadas por todo o país”, defendem. A imposição de informações sobre “verdadeiro sigilo” e a intenção de reavaliar os dados estaduais de doenças ocultam, segundo eles, a ineficiência e a negligência do governo federal, apesar da pandemia.
O grupo também alega que as medidas violam a constituição federal, especialmente as regulamentações relativas ao direito à vida e à saúde, ao dever de transparência da administração pública e ao interesse público.