Enquanto alguns estados adotam leis mais rígidas e isolamento, outros estão começando a violar as regras do isolamento. Como resultado, o IIS (Índice de Isolamento Social) nacional apresentou nesta sexta-feira (29) a menor taxa já registrada desde o início do decreto de distância. Isso significa que apenas 39,2% das pessoas observadas estavam em casa, o que representa uma diminuição de 23 pontos percentuais em comparação com o pico máximo registrado até agora, de 62,2% em 22 de março. Os dados são da startup brasileira Inloco, que usa dados de geolocalização para calcular movimentos de telefones celulares em todo o país.
De semana em semana, notamos um declínio na afiliação média ao isolamento social no Brasil:
- De 03 a 23.03. – 54,04%
- 03,30 a 05,04. – 49,50%
- A partir de 04.06. Até 04.12. – 48,37%
- 13/04 a 19/04 – 46,40%
- 20/04 a 26/04 – 46,64%
- 27/04 a 03/03 – 44,95%
- 05/04 a 05/10 – 43,22%
- A partir de 05.11. Até 17.05. – 44,84%
- 18/05 a 24/05 – 44,15%
- 25/05 a 29/05 – 41,40%
A média em 23 de março é de 46,5%, e os picos de isolamento são aos domingos.
Em São Paulo, o principal foco da doença e o maior estado do país, mesmo um decreto de cinco feriados nos últimos dias não ajudou a elevar o índice de isolamento social. O IIS caiu para menos de 40% pela primeira vez desde o início da quarentena: 39,2%.
Apenas um estado registrou um índice próximo a 50%, o Amapá (48,37%), o melhor da lista. Tocantini teve a menor taxa: 34,21%.
Como é medido no IIS do Loc?
O Loco possui sua própria tecnologia que recupera automaticamente dados públicos (bot) gerados pelos telefones celulares das pessoas, que normalmente são usados para segmentar publicidade. É chamado de código de publicidade, um número único que identifica constantemente os interesses dos usuários que navegam nos serviços da plataforma, como Google e Facebook. Serve anúncios segmentados ou personalizados (ou “anúncios com base em interesses”) que geram receita para aplicativos.
Entre os compradores estão bancos e grandes varejistas que usam essa tecnologia em seus aplicativos para detectar possíveis transações suspeitas e evitar fraudes.
Na inicialização, esse identificador também é usado para detectar se o celular permanece em um determinado local por um longo período de tempo. Ele envia endereços e um identificador de smartphone inteligente para os servidores da empresa, para que seja possível determinar a proporção entre quem está “estacionado” e quem está se movendo – “tecnologia 30 vezes mais precisa que o GPS”, diz ele.
Portanto, a empresa conseguiu estabelecer um sistema de rastreamento diário, usado pela cidade do Recife. Eles têm acesso ao identificador de 30 milhões de celulares brasileiros – o que corresponde a uma parte da população estimada do Brasil, que hoje tem 211 milhões, informa o IBGE.
O IIS é medido diariamente, mas deve levar vários dias.
De onde vêm os dados de geolocalização?
Seu telefone possui um GPS (Sistema de Posicionamento Global) integrado que troca constantemente informações com o satélite para determinar sua localização geográfica. Isso é, geralmente, para coisas como: ajudar você a saber onde está no mapa, qual caminho seguir quando se perder, se virar à esquerda ou até onde chegar ao seu destino, onde está o seu telefone perdido / roubado ou qual o nome da instituição que você será coloque uma descrição da foto no Instagram.
Empresas como Google, proprietários do Google Maps, Waze e Google Fotos e Facebook, proprietários do WhatsApp e Instagram e Apple estão salvando suas mudanças no histórico de registros ou nos locais visitados. Com esse tipo de informação, você pode descobrir se o seu telefone celular fica no mesmo local todas as noites (que seria sua casa) e se ele muda para outro (provavelmente seu emprego) todos os dias.
O Índice de Isolamento Social, neste caso, mede o seguinte: o telefone celular passou o dia em um raio muito próximo ao local considerado sua casa? Insira as estatísticas do grupo compatível com quarentena. Caso contrário, ele entra no índice daqueles que saíram de casa.
Geralmente é necessário ativar a função de localização geográfica – alguns aplicativos precisam de permissão para enviar dados, enquanto outros não. Quando isso acontece, eles se tornam públicos – mas há uma grande discussão sobre consentimento e o direito à privacidade em jogo.