A mídia italiana noticiou hoje que a criança seria o “paciente número 1” com covid-19 no país, comprovando que a doença já circulava muito antes de fevereiro, quando os primeiros casos começaram a ser notificados.
Segundo o estudo, no dia 30 de novembro, a criança foi encaminhada a um posto de saúde com problemas respiratórios e vômitos e, um dia depois, surgiram manchas na pele muito semelhantes às do sarampo.
No dia 5 de dezembro, 14 dias após o início dos sintomas, foi realizado o teste do sarampo e a criança foi mantida no hospital, conforme protocolo de vigilância do sarampo e rubéola.
O resultado do teste de sarampo foi negativo e o paciente foi positivo para Sars-CoV2.
Covid-19 pode levar à síndrome de kawasaki e causar manifestações cutâneas comuns a outras infecções virais, como o sarampo.
Para os investigadores, este caso prova que o vírus já circula na Itália há algum tempo, muito antes do impacto repentino e repentino que o país teve em fevereiro com a pandemia, e também investigações subsequentes, incluindo a detecção do vírus no esgoto de Milão em meados de dezembro de 2019.
Além disso, acrescenta o estudo, essa disseminação de longa duração e não reconhecida do Sars-CoV-2 no norte do país poderia explicar pelo menos parcialmente o impacto devastador da primeira onda da doença no norte da Itália.
A pandemia covid-19 causou pelo menos 1.557.814 mortes em mais de 68,2 milhões de casos em todo o mundo, de acordo com um relatório da agência francesa AFP.
Na Europa, o maior número de mortes foi registrado no Reino Unido (62.566 mortes, mais de 1,7 milhão de casos), seguido pela Itália (61.739 mortos, mais de 1,7 milhão de casos).