O conserto de equipamentos eletrônicos é, em geral, um processo caro e demorado que pode até influenciar na venda de novos produtos. No entanto, o reparo pode ser uma grande ajuda em questões ambientais.
O Parlamento Europeu aprovou recentemente o “direito à reparação” e exigirá que os fabricantes tenham uma etiqueta “clara e visível” na capacidade de reparação dos produtos.
Direito de Reparo: apoio a mercados de segunda mão e apoio à produção sustentável
Os eurodeputados aprovaram na última quarta-feira o 'direito de reparar' para tornar os reparos 'mais atraentes, sistemáticos e econômicos, seja estendendo as garantias, fornecendo garantias para peças substituídas ou melhor acesso a informações sobre reparos e manutenção“.
O texto aprovado propõe novas regras para a eliminação das barreiras legais que impedem o reparo, revenda e reaproveitamento de equipamentos. A proposta foi aprovada por 395 votos a favor, 94 contra e 207 abstenções.
Boas notícias 👏 O @Europarl_EN enviou um apelo claro por bens mais sustentáveis e duráveis:
✅ Garantias legais sobre a vida útil do produto 📰
✅ Medidas para lidar com a obsolescência prematura ⚙️
✅ Direito de reparar 🔧Consulte Mais informação: https://t.co/4tnyzwtfbo pic.twitter.com/2rl9mqrHKf
- A voz do consumidor (@beuc) 24 de novembro de 2020
Entre as várias medidas definidas na iniciativa está apoio a mercados de segunda mão e apoio à produção sustentável. Além disso, um sistema de cobrança comum é necessário para reduzir o lixo eletrônico, uma batalha que atualmente é objeto de debate entre os fabricantes de dispositivos móveis.
Uma das medidas citadas pelos eurodeputados para aumentar a produção sustentável na UE é introdução de carregador comum para reduzir a produção de lixo eletrônico, iniciativa já várias vezes defendida na assembleia europeia, mas que merece oposição de empresas tecnológicas como a Apple, que possui equipamentos próprios.
De acordo com uma pesquisa Eurobarômetro, 77% dos cidadãos da UE preferem reparar seus dispositivos em vez de substituí-los, enquanto 79% acreditam que os fabricantes deveriam ser legalmente obrigados a facilitar o reparo de dispositivos digitais ou a substituição de suas peças individuais.
Os consumidores da UE devem desfrutar do “direito de reparar”