4 de julho: Você sabia que hoje passamos mais longe do sol?

Nascer do sol visto do espaço (Fonte: pixabay)

Hoje, o tamanho aparente do Sol que é visto aqui na Terra é o menor possível. Duvido que você tenha notado. Eu não percebi. A diferença é mínima. Mas existe e só pode ser determinado por instrumentos mais precisos. Não há chance no “globo ocular”.

Antes de me perguntar “o sol se pôs?”, Garanto a você e a todos os leitores que não. De fato, o sol permanece com o mesmo diâmetro estelar de cerca de 1.392.700 km, o que, de acordo com os preços daqui na Terra, parece cerca de 0,5 graus. O menor tamanho aparente do Sol hoje se deve ao fato de a Terra passar mais longe dele. Isso acontece anualmente, e sempre no início de julho.

Você está interessado? Eu trato do seguinte tópico. Venha comigo?

Os planetas do sistema solar, incluindo a Terra, têm órbitas ovais

A órbita da Terra em seu movimento de translação ao redor do Sol não é perfeitamente circular. De outros Johannes Kepler (1571-1630), em sua Primeira Lei, também conhecida como Lei da Órbita:

As órbitas dos planetas do sistema solar são elípticas com o Sol localizado em um dos focos.

A ilustração abaixo, intencionalmente fora de escala e excessivamente oval, nos dá a sensação de que a órbita elíptica com o Sol não está no centro, mas em uma posição excêntrica que é geometricamente chamada de foco da elipse.

elipse_grande-excentricity2[1].jpg
Distâncias mínimas (dmin) e máximo (dmáximo) do planeta para o sol.

O ponto na órbita do planeta mais próximo do Sol é chamado periélio. Na posição diametralmente oposta, temos um ponto de distância máxima que conhecemos como afélio.

Hoje, às 8:35 da manhã (horário de Brasília), a Terra passou por seus afélio. Os dados que estou respondendo aqui vêm de outra produção do Astrocard pelo prof. Irineu Varella, um querido amigo das redes sociais e um respeitado astrônomo que sempre nos dá seus Astrocards super didáticos! Isso, novamente, eu obtive do perfil do prof. Irineu no Facebook.

Prof. Astrocard Ireneu Gomes Varella (/ Fonte: Facebook)

Anualmente, no início de julho, a Terra tem sua passagem afelionica. Do outro lado de sua órbita ao redor do Sol, a seis meses de distância, no início de janeiro, a Terra tem sua passagem peri-heliônica. Nisso postar, Ilustrado por Astrokart prof. Irine, aponto a passagem perihelionica da Terra.

Mas tenha cuidado: a temperatura do ar no Brasil não se deve a essa distância máxima do sol! Lembre-se de que estamos no Brasil e em todo o hemisfério sul do planeta no inverno, um tempo de temperaturas médias baixas esperadas e muito normais. No hemisfério norte, localizado no mesmo planeta que passou mais longe do sol hoje, as temperaturas são altas no meio do verão.

As estações fazem com que o eixo da Terra se incline em relação ao plano orbital, fazendo com que os raios do sol, dependendo da época do ano, atinjam um hemisfério mais diretamente que o outro. Nisso postar Desde 2015, explico melhor a ideia das estações. No ultimo postar mais recentemente, quando o inverno de 2020 começou no hemisfério sul, também estou abordando essa questão emocionante.

Quão oval (estritamente falando, elíptica) é a órbita da Terra?

A órbita da Terra é um oval muito pequeno. Medimos o caráter oval de uma elipse por um tamanho geométrico “e” chamado excentricidade. O círculo tem excentricidade zero (e = 0). A excentricidade da órbita da Terra é e = 0,0167086. Dessa forma, a órbita da Terra em torno do Sol é quase circular. Mas paramos no “pronto”. Estritamente falando, é uma elipse levemente oval, com o Sol deslocado levemente do centro para um dos focos da elipse. A ilustração abaixo, comparada à ilustração analógica acima, nos dá uma idéia melhor de quão pequena a órbita da Terra em torno do Sol é oval.

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Distâncias mínimas (dmin) e máximo (dmáximo) da Terra, em uma órbita levemente excêntrica, até o Sol.

Se a órbita da Terra ao redor do Sol fosse mais oval, seria possível afastar-se do Sol ao passar pelo afélio e se aproximar da nossa estrela ao passar pelo periélio. E isso poderia causar mudanças significativas de temperatura a um ponto que afetaria o clima do planeta. Isso não acontece e, confirmando o que eu disse acima, a razão para as quatro estações diferentes reside no fato de que há uma inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano orbital. Também pudemos observar a olho nu, ao longo do ano, mudanças graduais no tamanho aparente do sol.

Para lhe dar um termo quantitativo, a distância média entre o Sol e a Terra é de cerca de 150 milhões de quilômetros¹.

Para calcular a distância mínima Sol-Terra (no periélio), usamos:

E, saiba a distância máxima Sol-Terra (no apelo)), como hoje, usamos:

Nas expressões acima, a = 150.106 km (150 milhões de km) é a distância média de Sol-Terra e e = 0,0167086 é a excentricidade da órbita da Terra. Para que possamos calcular:

  • No periélio: dmin = a. (1 – e) = 150 (1 – e) 0,0167086) = 150. (0,983214) = 147.106 km (147 milhões de km);
  • Na apelação: dmáximo = a. (1 + e) ​​= 150 (1 +) 0,0167086) = 150. (1,0167856) = 152.106 km (152 milhões de km).

Então hoje, no início desta manhã de inverno, às 8:35 da manhã, atravessaremos cerca de 152 milhões de quilômetros do Sol e de hoje até o início de janeiro estaremos nos aproximando dele.

Vale ressaltar que, uma vez que a força gravitacional mútua entre o Sol e a Terra depende do quadrado inverso da distância entre os centros de massa de duas estrelas, quando a Terra se aproxima do Sol, para não cair sobre ele, sua velocidade aumenta gradualmente. Pelo contrário, quando se afasta do Sol, para não escapar para o espaço, a velocidade orbital do nosso planeta diminui. Hoje, exatamente quando passa pelo afelão, a velocidade orbital da Terra atingiu seu menor valor possível.

Na prática, nosso planeta passa seis meses acelerando (entre afiliados e periélio) e mais seis paradas (entre periélio e afélio), A velocidade média da Terra em torno do Sol é de cerca de 30 km / s. E cresce / diminui muito pouco entre o periélio e o afídio, variando entre Vmin = 29,3 km / s no afélio e Vmáximo = 30,2 km / s no periélio.

Não sentimos os efeitos inerciais da aceleração / desaceleração do nosso planeta, porque a variação de 30,2 – 29,3 = 0,9 km / s dura seis meses. Graças à gravidade, permanecemos colados e apoiamos o planeta, viajando sem problemas e sem pressa, pelo menos do ponto de vista mecânico.

Se você quiser saber mais sobre a órbita da Terra, continue lendo aqui (em PDF) artigo “O problema de aprender a órbita da Terra”, cujo autor é o prof. Dr. João Batista Garcia Canalle, coordenador de AMBOS – Olimpíada Brasileira de Astronomia, publicada na Revista Física na Escola (Volume 4, Número 2, 2003), publicação oficial SBF – Sociedade Brasileira de Física. O texto é muito bonito e esclarecedor.

Página de rosto do artigo “O problema de aprender a órbita da Terra” prof. Canal no RBEF.

Abraço do prof. Dulcidio. E física em uma veia!


Média A distância média da Terra-Sol, cerca de 149,6 milhões de km (que já me aproximei aqui de 150 milhões de km), é conhecida como UA (Unidade Astronômica) e é usada para medir convenientemente a distância entre as estrelas no sistema solar,

Já publicado em Física na Veia!

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